terça-feira, 30 de agosto de 2011

Em entrevista a Universidade Virtual Brasileira - UVB, o especialista em comunicação e educação, e atual diretor do Centro de Educação a Distância da Unianhanguera / Uniderp, diz que “todo o processo presencial ou a distância precisa ser repensado”.
                                                               
“Universidades precisam rever os seus modelos pedagógicos”
                 
UVB.BR - Para onde caminha a educação a distância? O caminho está na tecnologia ou na pedagogia?
José Manuel Moran - A educação a distância (EAD) caminha tanto para uma evolução tecnológica como pedagógica. Tudo o que fazíamos em EAD era mais voltado para o indivíduo e proposto de forma massiva. Agora a produção também pode ser voltada para o indivíduo, mas para o indivíduo que se conecta, que pode ser inserido em grupos. Assim, o material é mais adaptado ao ritmo do aluno. Isso é um grande avanço tecnológico.
Mas pedagogicamente hoje educar a distância não é só disponibilizar materiais. Significa também interagir, trocar, aprender em conjunto, mudar. Essas formas de ensinar e aprender também precisam ser desenvolvidos nas aulas presenciais, não apenas em EAD. Além disso, nos próximos anos, surgirão muitos modelos de educação.
Os cursos presenciais terão que mudar e a EAD não será tão exclusiva - ou você faz uma coisa ou outra. Haverá um mix de situações e alguns cursos serão mais presenciais, outros mais virtuais.
UVB.BR - O desenvolvimento tecnológico é muito mais veloz que o pedagógico. Isso significa que ele irá moldar, forjar o desenvolvimento pedagógico?
José Manuel Moran - A tecnologia avança rapidamente em todas as dimensões da sociedade. De alguma forma ela interfere na necessidade de mudanças na escola, uma das instituições mais resistentes às mudanças.
Está claro hoje que ficar falando numa sala de aula, em qualquer nível, e o aluno apenas ouvindo é inadequado. Todo o processo presencial ou a distância precisa ser repensado. Não é uma questão de ficar jogando um contra o outro. Ambos precisam mudar e a tecnologia participará desse movimento, porém não será determinante.
Além disso, os processos de ensinar e aprender não são tão simples para serem resolvido apenas tecnologicamente. Lidar com seres humanos é complexo, pois têm ritmos, tempos e processos de aprendizagem diferentes. E aí está o problema.
Para leitura na íntegra desta reportagem, acesse: http://www.eca.usp.br/prof/moran/uvb.htm


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